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O que é Ciência Aberta e como ela pode facilitar a vida de cientistas

jul 29, 2021

No mês de julho, a RNP, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) celebraram um acordo de cooperação tripartite para a construção de uma federação nacional de repositórios de dados de pesquisa.

A iniciativa surgiu a partir da cooperação previamente existente e do trabalho realizado pelas instituições no âmbito do compromisso 3 do 4º Plano de Ação Nacional para Governo Aberto, para o avanço da Ciência Aberta no Brasil. Mas você sabe como a Ciência Aberta pode facilitar a vida de cientistas?

 

O que é Ciência Aberta?

Ciência Aberta é um termo guarda-chuva que abrange as práticas de abertura de dados seguindo os princípios da transparência e colaboração na Ciência. Atualmente, o tema é estratégico para diversos países, que já a adotam como política pública para que organizações de pesquisa passem a incorporá-la gradativamente como princípio orientador de suas atividades.

Dentro do “guarda-chuva” do movimento da Ciência Aberta, estão contemplados diversos outros conceitos, tais como:

Ciência Aberta na Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): Ciência e tecnologia em saúde para a população brasileira

Fonte: Fiocruz

A abertura de dados passou a ser vista como estratégica por fomentar o desenvolvimento de infraestruturas e tecnologias que estimulam sua disponibilização e por facilitar o intercâmbio e a interoperabilidade desses dados entre diferentes sistemas.

 

O que são repositórios de dados de pesquisa?

Os repositórios de dados de pesquisa são, como os demais repositórios, uma base de dados digital voltada para suprir a necessidade de armazenar, organizar e disponibilizar objetos digitais. Neste caso, eles abrigam os dados coletados durante uma pesquisa cientifica.

 

Benefícios para a comunidade científica

Além de trazer diversos benefícios ao processo de comunicação científica, como maior celeridade, confiabilidade e redução de custos, os dados depositados em repositórios são citáveis, configurando-se então como produções científicas legítimas e reconhecidas. Desta forma, eles contribuem para aumento da visibilidade da produção científica nacional. A seguir elencamos alguns outros benefícios:

  1. Preserva, valoriza e partilha a produção científica;
  2. Promove o Acesso Aberto / FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable) aos dados e publicações científicas;
  3. Protege e valoriza a propriedade intelectual;
  4. Promove a eficiência do processo científico;
  5. Aumenta a visibilidade e reconhecimento dos investigadores e das instituições;
  6. Amplifica o impacto da investigação, estimula a criatividade e a inovação;
  7. Promove a responsabilidade social científica e a apropriação social do conhecimento;
  8. Promove a transparência e o conhecimento do processo científico;
  9. Envolve a sociedade no processo de (co) criação e fruição do conhecimento;
  10. Democratiza o acesso ao conhecimento científico e potencia o desenvolvimento.

 

Quais são as iniciativas em Ciência Aberta no Brasil

Um dos temas tratados na Ciência Aberta é o compartilhamento de dados de pesquisa, que já é estimulado por agências financiadoras como o CNPq, que está fomentando a criação de um Consórcio Nacional para Ciência Aberta (CoNCienciA). Ele pretende congregar instituições que desejam ter Digital Object Identifiers (DOIs) associados a seus conjuntos de dados (também chamados datasets), além de desenvolver seu próprio repositório de dados (LattesData) para que seus beneficiários depositem ali os dados de pesquisa associados a projetos financiados pelo CNPq.

Já a RNP, em conjunto com CNPq e Ibict, lançou uma chamada aberta convidando instituições de pesquisa brasileiras que já tenham iniciado discussões internas para a implantação de seu repositório institucional de dados de pesquisa. O prazo para submissão de propostas se encerra em 1º/8.

Para o diretor-adjunto de P&D da RNP, Leandro Ciuffo, com o novo paradigma da Ciência Aberta, “acreditamos que será inevitável que universidades e institutos de pesquisa, mais cedo ou mais tarde, precisem criar seus próprios repositórios institucionais de dados de pesquisa”.

Segundo o coordenador e pesquisador do Ibict, Washington Segundo, as instituições selecionadas receberão apoio na criação de seus repositórios de dados de pesquisa, por meio de ações de capacitação e transferência de conhecimento, durante um período de incubação de nove meses. “O aprendizado gerado por esse projeto poderá ser de benefício para toda instituição que deseja criar seu repositório de dados de pesquisa, em especial as bibliotecas das instituições brasileiras de ensino e pesquisa, que serão o público-alvo da chamada”, afirmou.

Algumas iniciativas no Brasil:

 

 

 

FONTES: RNP

EMBRAPA

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