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O excesso de informações no século XXI

jan 14, 2025

É notório que o volume de informações aumentou significativamente nas últimas décadas, desde o grande salto da invenção dos tipos móveis de impressão com Johann Gutenberg a informação começou a circular em meios impressos, livros, jornais e revistas compuseram o início dessa bola de neve.

Com o surgimento da informática, os meios de acesso digitais começaram a se propagar abruptamente. Diversos sites, blogs e chats evidenciaram o  surgimento de uma nova dinâmica. Novos discursos começaram a surgir, como privacidade e anonimato, a internet surge como um propício ambiente para uma dinâmica até então não percebida.

A inserção das redes sociais ampliam essa dinâmica, associada a uma agressiva onda de marketing guiada pela personalização dos desejos de consumo. Ao perceber esse constante assédio de propagandas as pessoas comuns começam a perceber que ao seu redor há inúmeras fontes de informação, o que até então não era destaque nos anúncios digitais.

Mas isso foi se tornando mais nítido, pois há propagandas que objetivam vender cursos, conhecimento estratégico, formação crítica, ampliação das capacidades decisivas entre outros. Tudo isso baseado na premissa de que uma pessoa da atualidade precisa estar informada o tempo todo.

Em meio a tudo isso, cabe destacar, que informar-se não deveria ser a única razão para se consumir informação, pois há um limite para isso e o excesso transborda, não se aproveitando nada, pois entra no recipiente e escorrega pelas bordas.

O excesso de informação tem causado essa sensação, de que embora se tenha muito, pouco se aproveita. Isso é comum principalmente quando não se considera a seletividade das informações que se deseja consumir. Para que isso ocorra é necessário tornar-se crítico e verificar todas fontes que propagam determinada informação. O tema fake-news, tão recorrente no ambiente político e em diversos setores da sociedade é marcante e prejudicial. E deve-se ao fato das pessoas não checarem a origem das informações e não possuírem senso crítico capaz de determinar se é verdade ou mentira.

O simples ato de uma pessoa comum baseada apenas nas suas convicções escreverem ou gravar um vídeo no whatsapp ou no facebook e não citar nenhuma fonte oficial, registros ou pesquisa científica disponíveis para consulta pública e pede para espalhar para o maior número de pessoas possível já é uma ação a ser questionada.

Meios De Comunicação Sociais, Social, Rede
Fonte: Pixabay

E isso se tornou cada vez mais comum, pessoas fantasiadas de médicos, militares e professores espalhando informações que não condizem com a realidade. Agora esse problema é somado ao excesso de informações, pois é necessário saber o que é verdade ou não.

Por isso é necessário, que cada pessoa assuma um compromisso ético de compartilhar apenas informações que possuem fontes de consulta que são confiáveis, com links para documentos, leis ou fatos registrados. É esse compromisso ético que pode modelar uma nova postura cidadã. E na dúvida não compartilhe. Por fim, deixo uma frase registrada de Manuel Bastos Tigre, publicada em o Malho em 1937, que diz:

Nunca se viveu tão mal informado como nesta éra informadissima em que tudo se sabe. oportuna e minuciosamente

Mapa mental sobre O excesso de informações no século XXI

Mapa mental sobre O excesso de informações no século XXI
Biblio Fora da Caixa (2021)


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